sexta-feira, 20 de maio de 2011

Facebook contrata empresa para plantar notícias negativas sobre o Google

O Facebook contratou a empresa de relações públicas Burson-Marsteller para tentar plantar notícias negativas sobre o Google.
Em matéria no site The Daily Beast, o jornalista Dan Lyons conta que, nos últimos dias, havia um mistério rondando a região do Vale do Silício, na Califórnia, onde se localizam várias empresas de tecnologia.
A Burson-Marsteller, multinacional de relações públicas, teria sido contratada para plantar no noticiário matérias negativas sobre o Google, tendo como mote acusações de invasão de privacidade por parte da gigante de buscas.
E quem seria o cliente da Burson? "Enquanto os dedos apontavam para a Apple a Microsoft, o Daily Beast descobriu que é uma empresa que ninguém suspeitava --o Facebook", diz o texto de Lyons.

"Confrontado com evidências", diz a matéria, um porta-voz do Facebook confirmou a contratação da Burson e citou duas razões: 1) o Facebook "acredita que o Google está fazendo algumas coisas em redes sociais que causam preocupações de privacidade; 2) "e talvez mais importante", a empresa "ressente as tentativas do Google de usar dados do Facebook em seu próprio serviço de rede social".
As ações da Burson contra o Google começaram a gerar burburinho no início do mês, quando o blogueiro e pesquisador Christopher Soghoian tornou pública uma oferta que recebeu para escrever um artigo opinativo sobre violações à privacidade dos usuários supostamente cometidas pelo Google.
A oferta, feita via e-mail por John Mercurio, da Burson, incluía um tipo de minidossiê recheado de informações negativas sobre o serviço Social Circles, do Google. Mercurio diz que poderia ajudar na elaboração do artigo e em sua publicação em algum veículo de grande popularidade, citando como exemplos o jornal "The Washington Post" e os sites Politico, The Hill, Roll Call e The Huffington Post.
Em nota à imprensa, a Burson-Marsteller disse que "o Facebook pediu que seu nome ficasse em sigilo com base no fato de que estava contratando a B-M para lançar luz sobre informações de domínio público e de que essas informações poderiam ser facilmente replicadas pela mídia de maneira independente".
"Não obstante a justificativa, este não é um procedimento aceito na Burson-Marsteller e contraria nossas políticas", acrescenta a nota, que conclui: "Deveria, por essa razão, ter sido recusado. Nossa relação com os meios de comunicação é pautada por padrões estritos de transparência no que tange aos clientes, e este incidente reforça a inquestionável importância desse princípio".

Fonte: Folha
Temos como intuito postar notícias relevantes que foram divulgadas pela mídia e são de interesse do curso abordado neste blog. E por isso esta matéria foi retirada na íntegra da fonte acima citada, portanto, pertencem a ela todos os créditos autorais.

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