quarta-feira, 16 de março de 2011

Plataformas de filmes on-line vão oferecer serviços no Brasil

Foi preciso que a internet atingisse a maioridade para que o Brasil começasse a ser levado a sério. Nesses 18 anos, a indústria fonográfica perdeu toda uma geração para o download ilegal e a pirataria espraiou-se. Mas a indústria cinematográfica começa, enfim, a mover-se. 
A pergunta que resta é: encontrará um público disposto a pagar para baixar filmes? 

"O Brasil está pronto para pagar pelo serviço de video-on-demand", aposta o argentino Eduardo Costantini, um dos fundadores do site de filmes Mubi, que acaba de fechar nova rodada de negócios, no valor de U$S 2,4 milhões (R$ 3,9 milhões). 

Parte desses recursos terá o Brasil como destino. O Mubi, que possui 1.500 títulos negociados com produtores e distribuidores, está criando uma nova plataforma, no Vale do Silício (EUA), e pretende oferecer download de filmes por, no máximo, R$ 5. 

"Dizer que 2011 será o ano da virada é exagero. Mas será o ano da entrada do Brasil no negócio dos filmes on-line", diz Fábio Lima, criador do site MovieMobz, que usa a internet para "mobilizar" sessões reais de cinema. 

A americana Netflix também planeja aterrissar no Brasil com serviços de assinatura para filmes e séries. 

Nos EUA, a Netflix é apontada como causa da falência da Blockbuster e é vista como ameaça à rede HBO. 

Questionado pelo "New York Times" se a Netflix atrapalhava os negócios da Time Warner, Jeff Bewkes, presidente do grupo --ao qual a HBO pertence--, recorreu à ironia. "Você imagina o exército da Albânia assumindo o controle do mundo?" 

De acordo com a revista especializada "Screen", porém, a empresa de serviços digitais teve, em 2010, um crescimento maior em Wall Street que a Time Warner. 

Uma pesquisa feita pelo JP Morgan diagnosticou, ainda, que 47% dos usuários ativos do Netflix consideram a possibilidade de cancelar seu serviço de TV por assinatura. 

Em janeiro, o similar europeu da Netflix, a LoveFilme, foi comprada pela Amazon.


PRATICIDADE
"Está provado que as pessoas não pagam pelo que baixam na web [www], mas que podem pagar por serviços e conveniência", diz Lima. 

É esse o eixo de um longo artigo escrito por Chris Anderson, editor-chefe da revista "Wired", que declara a morte da web como negócio. 

O futuro, de acordo com ele, está na internet. Traduzindo: perdem força as páginas www e ganham força as plataformas fechadas e os "dispositivos", como os iPads. "Por mais que admiremos os serviços abertos, no fim do dia buscamos é praticidade", analisa Anderson. 

Se for preciso pagar pelo conforto de ter um filme à mão com um simples clique, diante de um cardápio vasto e bem organizado, muitos pagarão, defende Anderson. 

A aposta dos investidores que colocam o Brasil no radar é que, conforme as conexões em altíssima velocidade, as TVs com internet e os smartphones forem se espalhando pelo mundo, se espalhem também esse serviços. 



Fonte: Folha.com,http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/886769-plataformas-de-filmes-on-line-vao-oferecer-servicos-no-brasil.shtml
Temos como intuito postar notícias relevantes que foram divulgadas pela mídia e são de interesse do curso abordado neste blog. E por isso esta matéria foi retirada na íntegra da fonte acima citada, portanto, pertencem a ela todos os créditos autorais.

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